Diversos
21 fev 2014

Amamentação – Mãe Amiga!

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O post de hoje é mais um da “coluna” Mãe Amiga!. A Mãe Amiga de hoje é a Flávia Corazza do blog Mães Online, mãe de Lucas (1 ano). Ela vai nos contar um pouquinho como foi amamentar o Lucas.

A gravidez do Lucas foi um momento muito curtido e muito esperado meu, e do meu marido, sendo que desde que eu descobri que estava grávida do meu primeiro filho, amamentá-lo sempre esteve no meus planos e mesmo sabendo que muitas mulheres amamentam seus filhos com facilidade e outras não, no fundo eu nunca pensei na possibilidade de não amamentar meu filho.

Antes de ter filho eu sempre encarei a amamentação como algo muito natural, e graças à Deus, no nosso encontro foi tudo se encaminhando de uma forma tranquila. De qualquer maneira, por eu ser Psicóloga e ser especialista justamente na área da infância e adolescência , sempre soube que a amamentação é mais do que dar o seio e alimentar o filho… Amamentar é um momento de ouro de muitas trocas e de muita cumplicidade para a dupla mãe X bebê e pode ser feita tanto através do seio como, para outras mulheres, através de uma mamadeira carregada de afeto e carinho. Desta forma, independente de como fosse, sempre soube que a amamentação seria um momento especial para mim e para o Lucas.

Lucas chegou um pouco antes do planejado, e de cesárea (o que poderia dificultar a descida do leite), mas mesmo assim não encuquei. Ele nasceu aqui o Rio, na maternidade Perinatal que conta com uma equipe que é simplesmente maravilhosa. No dia seguinte ao seu nascimento a equipe do setor do Lactário me procurou me apresentando o setor e me orientando com questões básicas, como a extração do leite manual, massagem e até mesmo sobre a minha alimentação, e alimentos que eu deveria comer para ajudar na produção do leite. E assim a amamentação foi acontecendo de uma forma tranquila e especial. Lá mesmo na Perinatal eu dava o seio e em seguida fazia a extração. Como passamos alguns dias no hospital esta rotina me ajudou muito pois eu tinha muito leite e meus seios ficavam enormes e duros. Lá aprendi a importância de massagear bem a mama e até mesmo tirar um pouco antes de oferecer ao Lucas para que ele pudesse pegar bem a mama.

Meu filho sempre foi muito tranquilo e dormia bastante, sendo assim, mamava de 3 em 3 horas até seu 3 mês de vida. Quando começou a ficar “maiorzinho”passou a não acordar mais de 3/3 e este período foi espaçado para 4/4 horas.

Olhando para trás (hoje Lucas está com 1 ano e 8 meses) posso contar que tivemos a sorte de tudo ocorrer de uma forma muito tranquila. É lógico que os primeiros dias foram de descobertas, e dúvidas. Até a consulta com a pediatra ficava louca pra saber se ele estava ganhando peso, se estava mamando o suficiente e por aí vai. Mas, nada como um dia após o outro, uma grama após a outra, pois ver nosso bebê mamando e crescendo bem é a melhor resposta que podemos ter. Uma coisa que achei super legal, é que na própria maternidade eles recolheram um pouco do meu leite e fizeram uma análise do mesmo, e para minha felicidade ele estava bem calórico e nutritivo. Nem sabia que isso existia mas, não só existe como achei o máximo.

Também nos primeiros dias foram dias de uma maior sensibilidade. Meus bicos do seio não chegaram a cortar mas ficaram bem sensíveis e no início quando Lucas iniciava a mamada dava uma fisgada que eu sentia até o ultimo fio de cabelo, mas passava. Não fiz nada durante a gestação, mas comprei tudo da Lansinoh (pomada, nursing pads, gel para aliviar a dor) e tenho certeza que foi fundamental. Na semanas seguintes já amamentava sem dor sem sensibilidade.

Para mim a amamentação sempre foi um momento muito especial com meu filho. Além de alimentá-lo era um momento de uma cumplicidade, de uma entrega que não tem como descrever. Poder ter meu filho aconchegado, aninhado era uma satisfação sem igual. Sempre priorizei amamentá-lo em lugares calmos e nunca fui uma mãe de dar o peito a qualquer hora em qualquer lugar. Se acontecia de eu estar na rua, procurava encontrar um lugar tranquilo para que o Lucas pudesse mamar. Nunca gostei de dar o mamá no meio de pessoas gritando e conversando alto. Para mim a amamentação era um momento de tranquilidade, onde meu bebê precisava de um lugar acolhedor e gostoso.

Amamentei ele exclusivamente no seio até o 6 mês quando ele começou a incluir na sua rotina os sucos, as frutas e enfim as sopinhas. Lucas foi muito tranquilo e aceitou tudo numa boa de forma que com o passar dos meses ele estava mamando apenas ao acordar e para dormir. Justamente por ter reduzido muito o número de mamadas é que amamentar ficou muito fácil e tranquilo. Nunca coloquei uma data, até quando ia amamentá-lo e desta forma fomos indo até eu começar a perceber que meu neném estava crescendo e que talvez já pudesse seguir sem o seio.

Lucas estava com 1 ano e 2 meses quando eu desmamei. Quem acompanha meu Blog (Mães Online) pode acompanhar este processo e sabe o quanto eu acho importante o desmame. Tão importante quanto a amamentação eu o encaro como um momento importante do desenvolvimento psiquico do bebê. É um momento em que incetivamos o crescimento do nosso filho e que há um “corte”na díade mãe X bebê. Neste contexto eu nunca faria um desmame abrupto, tampouco usaria de técnicas para dizer que meu leite estava “ruim”ou “azedo”. Encarando o desmame como uma conquista do meu filho, sempre fui conversando com ele enfatizando como ele já estava crescendo e o quanto isso era legal.
Lucas já comia de tudo, já estava caminhando praticamente por tudo e já se aventurando nas suas palavras. Já se fazia entender com perfeição e cada vez mais deixava claro suas vontades e desejos. Para mim era o momento de valorizar tudo isso e acreditar que meu filho ficaria bem sem meu leitinho.

E assim foi, iniciei trocando 1 das mamadas pela mamadeira, até que a segunda foi completamente substituída. Lucas recebeu bem a primeira troca, mas na segunda mamada quando cheguei com a mamadeira, inicialmente virou a cabecinha e falou “não”. Ofereci o seio e nos dias seguintes ele mamava no seio e depois a mamadeira… Como o aconchego do colo se manteve e ele viu que eu seguia ali com ele, em uma semana ele fazia suas 2 mamadas na mamadeira e nosso desmame estava realizado.

Preciso confessar que o desmame foi feito de vários momentos para mim. O primeiro quando a pediatra indicou o leite que ele iria tomar e eu fui comprar a lata. Nem sei descrever o que senti…uma alegria, uma apreensão, um medo… mas fui… Depois quando o Lucas aceitou bem a mamadeira me deu um misto de alegria com uma tristeza estranha. Alegria pelos motivos que descrevi acima: por ele estar bem, crescendo, se transformando num gurizão e tristeza pois quando não dei o peito foi que a ficha caiu completamente: pronto, missão cumprida. Nunca mais iria sentir aquela sensação do meu nenê mamando, dele fazendo aqueles movimentos fofos que um bebê faz quando mama…enfim, tristeza justamente por me dar conta que meu filho não é mais um bebê RN. Tristeza em me deparar que o tempo passa e que temos que aproveitar cada momento pois eles passam e não voltam mais.

Depois que fui mãe, fui aprendendo que tudo que envolve nossos filhos, que a maternidade em si é uma eterna gangorra. Uma ambivalência de sentimentos que nos mostram que aquilo que nos faz feliz, também pode, em alguns momentos, nos estremecer. Hoje quando olho para meu filho sei que tivemos uma ótima com experiência com a amamentação e que o desmame só veio demarcar o fim de uma fase que foi muito curtida. Fico feliz de ter conseguido amamentar meu filho desta maneira e de saber que isso reflete muito da experiencia de nós 2! Sei que muitos outros “desmames”ainda virão e que todos eles fazem parte do nosso crescimento.

Sendo assim, que venham os próximos… estamos nos preparando enquanto vivemos nossa vida!

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