Diversos
12 jun 2015

Agressividade Infantil: Como lidar com as crianças que batem?

Agressividade Infantil: Como lidar com as crianças que batem?

Nós que somos pais devemos estar sempre atentos ao comportamento da criança. Isso em si não é nenhuma novidade. Sempre esperamos alguma reação por parte dos pequenos que nos agrade ou que reflita alguma situação de docilidade.

No entanto, a resposta dos nossos filhos pode ser bem diferente. Quando algo lhe é negado ou contrariado, resquícios de uma insatisfação exagerada podem surgir através de choros desmedidos, raiva, chutes, socos, mordidas, entre outras reações extremas.

Nesse caso, como podemos reagir?

Segundo o consenso científico, já existem alguns fatores que corroboram a tal da “agressividade infantil” através das suas causas e tratamentos. É sobre isso que vamos falar no blog hoje.

Como a ciência explica a agressividade infantil
O período compreendido entre o pré-natal e a primeira infância (ou seja, entre 0 e 5 anos) é aquela fase em que o cuidado deve ser redobrado para que não interfira num comportamento mais agressivo adiante.

A qualidade desses cuidados é que irá garantir a capacidade do cérebro em controlar a vontade da criança em expor o desequilíbrio comportamental. Aliás, é ainda durante a primeira infância em que será primordial para apreender o comportamento mais hostil por parte dos nossos filhos.

No entanto, é preciso reconhecer o que é considerado natural entre toda e qualquer criança. Um bebê já demonstra seu descontentamento já nos primeiros dois meses de vida. Grande parte pode puxar o cabelo ou mordem a partir do momento em que se dão conta que podem fazê-lo.

Entre 2 e 3 anos de idade, não importa se é menino ou menina, toda criança pode fazer uso da agressão, que fica ainda mais frequente durante essa fase. A título de curiosidade, são as meninas que logo abandonam esse comportamento, ao contrário da maioria dos meninos.

Também são as meninas que utilizam o confronto emocional não especificamente através da violência física, mas, em muitos dos casos, pelo mecanismo do “falar mal” de um coleguinha da escola, por exemplo. É a chamada “agressão indireta” nas crianças. Apesar de muitos pais e mães ficarem preocupadas com algumas atitudes de seus filhos, é reconfortante saber que as próprias habilidades sociais e a linguagem farão com que as crianças abandonem boa parte desses problemas assim que entram na idade escolar.

A nossa preocupação provém do que pode acontecer quando os filhos vão passar a conviver com muitas outras crianças, o que é muito diferente do seu convívio em casa.

Dicas para lidar com a agressividade infantil
Estabeleça limites: É muito importante que a criança saiba quais são os seus limites. Ou seja, caso ela tenha algum comportamento hostil, não será vergonha alguma castiga-la com algum tipo de perda de privilégio, como não assistir TV por uma noite ou privá-la de uma diversão (videogame, computador, etc.). Não se pode abrir exceções, pois isso poderá fazer com que elas confundam a sua liberdade para fazer o que bem entender.

Bater jamais!: Nem é preciso aqui alertar sobre as consequências trazidas pelo castigo através da agressão. A célebre frase “violência gera violência” nunca fez tanto sentido.

Estimule o autocontrole: A comunicação verbal deve ser o principal caminho para a socialização das crianças, porém muitas vezes o que é preciso é uma orientação para chegar a tal consenso. O que deve ser ensinado para nossos filhos, portanto, é o diálogo ao invés de chutes, socos, tapas, puxões de cabelos, entre outras maneiras de machucar alguém. Pensar antes de agredir só é estimulado com uma boa conversa sobre as consequências que esses atos podem trazer. Com o tempo, as próprias crianças poderão ter esse discernimento.

Cuidado com os ensinamentos: Que as crianças são reflexos de seus pais, isso já não é um fato desconhecido para muitos de nós. E é por essa razão que não podemos tolerar alguns “conselhos” dado para as crianças – principalmente quando são meninos – de que eles devem se impor através da violência. Isso poderá acabar, aos poucos, se tornando um problema maior – que é justamente o descontrole da agressividade infantil.

Elogiar e dar carinho sempre: Elogiar os bons comportamentos e fazer com que a criança saiba lidar com a raiva de forma positiva também funcionará como uma maneira de lidar com esse problema. E não se esqueça: o carinho é fundamental para lidar com crianças que batem. Em casos mais sérios, a ajuda profissional de um psicólogo especializado em comportamento infantil será de grande ajuda.

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6 Comentários
  1. Luciana
    30/09/15 - 01h03

    Como saber que a agressividade está fugindo do controle? Qual o limite entre o normal e o fora do padrão?

    • 30/09/15 - 15h20

      Luciana, boa tarde. Só mesmo um especialista analisando de perto.
      Espero ter ajudado. Beijos e obrigada
      gabriella

  2. MARCIA
    27/12/15 - 14h52

    Só quem lida diariamente com 35 ou 40 crianças pode realmente afirmar que as crianças estão cada vez mais agressivas, sem limites e os pais estão cada vez mais perdidos, sem saber como educar suas crianças. Lido diariamente com crianças indisciplinadas, agressivas e não adianta falar com os pais. Eles não sabem como lidar com essa situação de violência. Na sala de aula, nós professoras somos reféns da violência infantil. Os pais não corrigem e muitas vezes apoiam as atitudes agressivas dos filhos. Não podemos fazer nada..A não ser acompanhar a cada dia a agressividade infantil tomar conta das salas de aula… Muitas vezes me coloquei na frente de pequenos agressores para impedi-los de machucar os colegas e fui eu a agredida. Mas a lei não protege os professores. Realmente não vejo saída nem futuro para essa geração tão violenta…

    • 03/01/16 - 22h39

      Marcia, que triste. Muito triste mesmo a realidade da educação no nosso país.
      Os pais parecem mesmo estar perdidos. Vamos torcer e muito para que esse cenário mude.
      Um feliz 2016.
      Beijos, Gabriella

  3. Karen
    25/05/16 - 21h00

    Olá boa noite.
    Márcia, boa noite, gostaria de fazer uma colocação sobre o seu comentário.
    Realmente nós pais NÃO sabemos lidar com essa agressividade, porém cada criança é de um jeito, e vc sabe que não existe uma manual para seguir…. Vocês educadores podem fazer algo sim, é muito fácil cruzar os braços, se queixar e dizer: Não podemos fazer nada!!!! Podem e devem, vcs estudaram e se preparam para isso, participam de palestras com frequência, porquê não incluir os pais nisso? Fazer reuniões, palestras dentro da instituição para ajudar a instruir esses pais perdidos?! Acho que é um ótimo começo!

    Gabriella, boa noite.
    Pensando no comentário da educadora acima, me fez pensar que nós realmente como pais, não temos esse preparo, essa instrução, e é por isso que recorremos a profissionais, para que nos ajudem.
    Gostaria de sabe se vc consegue me indicar um profissional em Campinas SP?! Parabéns pelo texto.

    • 25/06/16 - 22h43

      Karen, desculpa a demora em responder! Não conheço em Campinas.
      Você tem razão quando fala da realidade dos pais. A cada dia que passa tenho pensando mais nisso. Esse ano me formo em psicopedagogia e fico abismada com a quantidade de coisas que eu poderia ter feito de maneira diferente para os meus filhos se eu soubesse. O despreparo é grande. Nosso amor e disposição é inata mas falta informação. Ser mãe é muito dificil.
      Beijos e obrigada pelo carinho
      Gabriella

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