Diversos
13 dez 2013

A espera do segundo filho – Mãe Amiga!

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O post de hoje é muito especial. Estou começando uma “coluna” nova que se chama Mãe Amiga! São relatos de outras mães sobre situações que estejam vivendo ou que viveram com seus filhos. A Mãe Amiga de hoje é a Andrea Kassab, mãe de Thomas (6 anos) e Christian (1 mês). Ela vai nos contar um pouquinho da ansiedade do Thomas a espera do irmão. Eu adorei! Espero que gostem, vamos lá….

Sou mãe de um menino de 6 anos e no momento estou na segunda gestação. Fui convidada para escrever sobre segunda maternidade no momento em que estava entrando no nono mês de gestação. Portanto achei pertinente começar minha jornada já desde aqui com o relato deste momento pré chegada e o desafio de vencer as incertezas e os medos que o filho mais velho está passando no momento. Dá pra imaginar o que passa na cabeça de uma criança de 6 anos, filho único a vida toda em relação a ganhar um irmão? Nesta idade, ele já é crescido o suficiente para entender o que esta prestes a acontecer e ainda criança o bastante para morrer de medo desta nova “aventura”.

Pois é, o parto esta para acontecer daqui a mais ou menos a duas semanas e já fui chamada na escola por mudança de comportamento, já estou sendo solicitada 20x mais que o normal em casa, tenho que conviver com o raio de uma “abelha invisível” que vai picar ele a qualquer momento (inclusive debaixo da coberta), e o pior de tudo, conviver com um olharzinho cheio de dúvidas sobre o meu sentimento por ele.

Bom, esta certo que nem tudo são flores, mas tive curiosidade e tempo para investir em soluções. Tive aconselhamento de pessoas entendidas no assunto e experimentei alguns conselhos valiosos. Relato aqui um pouquinho da minha experiência sobre esse momento.

A notícia da gravidez e seu desenrolar
Para ele, foi um misto de felicidade e preocupação. A felicidade por poder ter a companhia de uma criança dentro de casa (que é o que filho único mais sente falta), e a preocupação por não saber ao certo o que aconteceria com seu “reino”. Vieram perguntas do tipo: Você vai gostar de mim mais do que do bebê? Eu vou ter que dividir o espaço do meu armário com ele? Eu vou ter que emprestar meus brinquedos para ele? Aos 6 anos, a criança já sabe expressar melhor seus sentimentos e até consegue compartilhar um pouquinho de sua angustia conosco.
Como nosso filho é uma criança muito ansiosa e reage muito mal a mudanças, resolvemos não nos aprofundar muito nas questões da “partilha” material e emocional. O tempo todo procuramos falar no assunto de maneira construtiva, tentando engaja-lo no processo. Pessoalmente, não aconselho ficar martelando em futuras obrigações antes de elas acontecerem, mas sim incentivar (não cobrar) a parceria do filho com os pais na “aventura” de cuidar do novo irmãozinho.

A barriga gigante e a ansiedade
Agora na reta final, com a barriga chamando muito a atenção, o medinho do desconhecido começa a assombrar. Eu diria que no momento, à medida que ela esta crescendo a idade dele esta “diminuindo”. Por aí já deu pra sentir o que eu e o pai estamos passando… O engraçado é ver um menino já grande ficar constrangido com seu crescimento e querer voltar a ser bebê. Esta sendo bem mais dependente e carente do que o normal. Pra tudo quer companhia e insiste em fazer nos vê-lo com menos idade do que ele tem. É preciso bastante paciência e conversa também.

No caso da carecia afetiva, dele sentir que ele não vai ter mais graça para nós como criança grande, o desafio tem sido fazê-lo entender que nosso amor não vai mudar. Conosco, tudo funciona através de muita conversa e contando (ou mesmo inventando) estórias infantis adaptadas para situação. Assim exemplificamos o que estamos querendo explicar relacionando a moral da estória com que o que ele esta passando no momento, fazendo com que ele enxergue sua experiência por outro angulo. As vezes é bem cansativo, porque entrar no universo infantil exige um pouco de paciência, mas com certeza vale a pena.

Já no caso da ansiedade pré parto, ou melhor pré-“uma grande mudança”, a conversa também é a principal aliada porém a tática tem sido diferente. Eu diria que em alguns casos usamos até a “linguagem adulta” para falar sobre o momento que esta por vir. O que quer dizer isso? Bom, todas as perguntas dele em relação ao pós-nascimento (tanto no hospital como em casa) são respondidas sem rodeios ou uso de metáforas. Até mesmo o papel que provavelmente exercerá no processo é conversado. A nossa ideia é não deixar fio solto para não gerar dúvidas e consequentemente insegurança em relação a importância dele ao nosso lado neste momento.

Às vezes fico torcendo até para nascer logo na esperança de dar um ponto final nesta ansiedade dele, mas logo caio na real e vejo que eu também, assim como ele, não sei o que vem depois. O que acontecerá após o nascimento? Não sei… mas estou pronta e feliz para o desafio e espero estar passando essa confiança tanto para o filho mais velho como também para o bebê ainda na barriga.

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Se quiser participar da Coluna Mãe Amiga, mande seu relato para dicaspaisefilhos@gmail.com será um prazer! Estarei aqui com a coluna mãe amiga sexta feira de quinze em quinze dias. Até o próximo relato. Beijos

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