Desenvolvimento
25 nov 2016

Irmãos em guerra: oito dicas para resolver os conflitos entre os filhos

Imagem: A voz da cidade

Ficar com os cabelos em pé não é difícil para quem tem mais de um filho em casa. Embora duas ou mais crianças tragam alegria e festividade para a família, também há os inevitáveis conflitos, as brigas, discussões e disputas que exigem uma atitude dos pais para resolver os problemas.

Nestes momentos, é comum que muitos adultos tomem decisões erradas ou resolvam os conflitos da pior maneira possível. Gritar, castigar, separar as crianças e não dar oportunidade aos pequenos de refletir sobre o ocorrido pode ser a faísca para a geração de novas brigas, cada vez mais intensas.

É natural que os pais percam a paciência durante uma briga, mas aplicar castigos coletivos sem entrar na raiz do problema pode estar bem longe de uma solução. Se você quer reduzir os conflitos em casa e ao menos tempo proporcionar uma educação exemplar as crianças, respire fundo e tente cultivar a virtude mais importante nesta missão: a paciência.

Há várias maneiras de resolver os problemas em casa de forma eficiente e, se este for o seu desejo, confira as dicas abaixo que certamente irão ajudar. No entanto, não se esqueça de um detalhe: crianças são crianças e é natural que elas briguem, chorem e se desentendam por motivos bobos. Tente compreender também a natureza da imaturidade e mantenha a calma para agir sempre com serenidade e respeito.

1. Dê o exemplo

O comportamento dos pais é a primeira referência que as crianças possuem sobre a vida adulta. Se você grita, faz escândalo, briga com as crianças, com o marido, com os vizinhos e os familiares, não espere que a atitude dos filhos seja diferente.

É necessário mostrar para as crianças que não é possível ganhar nada no grito e que a violência nunca é solução. Além disso, os pequenos precisam aprender a importância do respeito, de não invadir o espaço alheio e de não provocar incômodos e irritações em outras pessoas, incluindo o irmão e os pais. A cada conflito, aja com tranquilidade e condene atitudes agressivas.

2. Avalie antes de intervir

As brigas entre irmãos podem atingir vários níveis, desde uma discussão boba que é esquecida minutos depois até choros, gritos e agressões. Fique de olho no que está acontecendo em casa, mas não se manifeste ao menos que realmente haja necessidade. Se você tenta apartar uma briga que nem começou, poderá piorar ainda mais a situação e provocar uma discussão muito mais forte.

As crianças precisam de oportunidade para pensar e resolver as questões por si mesmas, com a supervisão dos responsáveis. Observe as discussões, deixa que os filhos se entendam sozinhos se for possível e nunca se intrometa para defender apenas um lado.

3. Regras como solução

A criação de regras dentro de casa é uma das maneiras de evitar conflitos, desde que haja respeito máximo por essas leis internas. Se as crianças brigam para usar o videogame, defina horários em que cada uma tem direito a diversão. Sempre que um objeto for alvo de discussão, crie novas regras para que cada um aprenda a respeitar o espaço do outro.

O sistema de regras também poderá vir com um sistema de castigos nos quais as crianças devem estar cientes. Estes castigos podem resultar em perdas temporárias de direitos, redução de mesadas ou até cancelamento de passeios. Tenha criatividade para aplicar castigos saudáveis, que possam educar sem provocar grandes conflitos.

4. Seja justo
Os filhos geralmente pensam que o pai ou a mãe defendem o menor ou o maior por alguns motivos. Em muitos casos, as crianças estão certas. Há famílias em que os adultos seguem o instinto de proteger o menor por ser mais fraco, mas há também lares em que o mais velho é o privilegiado, por ter mais maturidade.

Esqueça o fato das idades e pense em cada situação de maneira única. Qual o motivo do conflito? Quem começou e quem está errado? Por que esta criança está errada? Essas questões precisam ficar claras para os filhos entenderem o problema e também para que a justiça entre os irmãos seja feita.

5. Violência não educa
Ao interferir na briga das crianças, jamais apele para a agressão ou o grito. Isto só incentiva maiores conflitos e não permite que os pequenos entendam a raiz do problema. É fácil perder a serenidade com as crianças gritando em volta, porém, manter a calma é um desafio que precisa de foco.

Respire fundo quantas vezes for necessário e interfira sempre de forma gentil. Não ameace as crianças e use o seu sistema de regras para punir. É importante que os pequenos estejam cientes das consequências dos próprios atos antes mesmo de implicar com o irmão ou brigar pela posse de objetos ou atenção dos pais.

6. Aprendendo a dividir

Os malefícios do egoísmo devem ser prevenidos desde a primeira infância. Ensine às crianças a importância de dividir o que tem e a alegria de fazer com que o irmão ou um amigo se sinta feliz e agradecido.

É natural que os pequenos tenham atitudes egoístas, principalmente quando chegam à fase do “tudo é meu”, em que o comportamento de querer tudo para si se torna frequente. Nestes momentos, é importante deixar claro à criança que atitudes possessivas não são bem-vindas e que compartilhar as coisas é um jeito de agradar e fazer amizades.

7. Incentivos à boa conduta

Se você quer que os seus filhos sejam amigos, compartilhem pertences e ajudem um ao outro, saiba incentivar estes momentos. Quando ver as crianças brincando juntas em harmonia, elogie a atitude dos irmãos, dê uma recompensa para cada um deles. Mostre que, unidos, eles ganham mais do que separados.

8. Evite os ciúmes

Ciúme dos pais é um dos principais motivos para as brigas. Se você recompensa apenas uma das crianças por algum motivo ou demonstra carinho apenas para um filho por ter feito algo legal, é natural que o irmão sinta ciúmes e até pense que é menos amado.

A consequência disso se reflete nos conflitos, brigas e sensação de ser menos importante, o que afeta muito a autoestima das crianças. Mesmo que apenas um filho mereça o elogio, tente agradar os dois. Se comprar o chocolate preferido de uma criança, compre também a bebida preferida do outro filho. Tente agir com justiça para que todos se sintam igualmente amados.

By: Ana Paula Bretschneider

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2 Comentários
  1. 25/01/17 - 00h13

    Também tenho 2 filhos, um menino de 2 anos e uma menina de 5 anos, e hoje posso afirmar que educar realmente é um desafio e uma luta muito grande.

    • 17/02/17 - 11h07

      Desafio enorme. Também sinto isso o tempo todo.
      Beijos, Gabriella

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