Diversos
05 out 2015

Como lidar com a separação

Como lidar com a separação

Muitos casais, infelizmente, têm que passar pela dor do divórcio, que não é fácil pra ninguém, convenhamos. Ainda assim, a maior preocupação para grande parte dos homens e mulheres que decidiram se separar são os filhos, ainda mais quando estes ainda são pequenos, que possam ter dificuldades em entender essa nova realidade.

Existem casos que o divórcio é até mesmo “cancelado” para que isso não afete ainda mais a criança. Hoje, nós discutiremos justamente que é possível passar por essa tempestade sem que seu filho (a) sofra ainda mais com a situação. Porque a nossa felicidade é a felicidade dos nossos filhos.

Devemos levar em consideração que o divórcio é uma decisão que deve ser pensada e conversada, acima de qualquer coisa, pelo casal. Até porque se o casamento já não está mais dando certo, é de se considerar uma solução que represente o bem-estar de ambos e, consequentemente, das crianças, que podem demorar (ou não) a entender, mas pior do que crescer com pais separados é crescer num lar em que os pais não se dão bem.

Tudo isso pode ser refletido no comportamento e personalidade da criança e também do adolescente. Por isso, ter essa consciência já é um ótimo primeiro passo.

O primeiro – e derradeiro – passo é levar em consideração a criança. Embora elas possam ser pequenas, não importa, todos já conseguem pressupor algumas mudanças repentinas no dia-a-dia devemos nos acostumar aos novos acontecimentos.

A separação dos pais é um choque da mesma forma. Por conta disso, é preciso ter essa preocupação por parte da mãe e do pai de maneira colaborativa. O post de hoje tem a intenção de ajudar casais que estão se separando a saber lidar com os filhos. Ter esse tipo de preocupação e consideração com os filhos será muito importante para que toda a família esteja preparada.

1. Converse. Converse sempre. Nunca é demais.
É muito comum algumas crianças pensarem que o divórcio dos pais talvez influenciará no amor que eles têm por elas. Pode parecer absurdo, mas na mente ingênua dos nossos filhos isso pode acontecer sem pestanejar. Por isso, deixar isso claro é mais do que indicado numa situação tão delicada quanto essa.

Na maioria das vezes, sentar com calma, sem delimitar assuntos, pode ser a melhor solução para que mal-entendidos sejam evitados. Mesmo mantendo a descrição das particularidades de cada casal, é possível manter um diálogo aberto entre pais e filhos, sem esconder uma decisão tão marcante quanto é a separação.

Outro ponto positivo do diálogo é o afastamento de culpa. Crianças podem se sentir culpadas quando seus pais estão “indo para cada lado”.

É um processo angustiante e em muitos casos doloroso. Ou seja, deixe de lado qualquer insinuação de quem a separação tenha culpados diretos. Isso inclui não ficar falando mal do pai (ou se for o pai, ficar falando mal da mãe) porque isso não contribui em nada. Até porque a criança também não poderá ser forçada a escolher um lado, já que questões como essas são ainda mais dolorosas de se pensar.

2. Dê o espaço para elas reagiram da melhor forma.
Não pense que uma conversa, mesmo que seja muito vantajosa, tenha sempre o melhor resultado esperado. A notícia de uma separação pode gerar uma série de reações. Faz parte do processo de comunicação o choque inicial, e isso pode ser sentido de criança para criança. Não tem ainda como prever isso. Não se desespere no início, porque a reação nem sempre vai ser positiva e é preciso ter muita paciência para lidar com isso.

Respeite o espaço dos seus filhos. Crianças ou adolescentes, não importa, eles têm que ter um período de reflexão e tempo para aceitar a nova realidade.

Mas que tipo de reação se pode esperar dos filhos cujo pais estão se separando? Bem difícil especificar. Mas existem algumas reações bastante comuns. Uma delas é a regressão à infância entre os maiorzinhos.

Voltar a falar como bebês, se negar ir à escola e querer dormir com o papai ou a mamãe é sim uma forma de reagir a isso. Outra reação – dessa vez mais problemática – é a revolta. Filhos que moram só com pai ou só com a mãe pode querer problematizar, bater boca e até atribuir culpas. Desde que esteja dentro considerado “esperado”, é preciso ter paciência e ouvi-los para detectar quais são os receios dos nossos filhos.

3. Aproveite os momentos em família.
Não é porque não via mais ter uma família configurada entre pais e filhos numa casa que não será mais possível ter bons momentos com a prole.

O tempo com as crianças deve ser aproveitado da mesma forma em que já deveria ser enquanto estamos casados. Como acontece na grande maioria dos casos, os pais geralmente saem de casa, por vezes constroem outra família. Quando os filhos visitar a casa do pai, é imprescindível manter as portas abertas e receber as crianças da melhor maneira.

Um teste que pode surtir muitos resultados positivos é a não alteração no cotidiano dos filhos. Por exemplo, vamos supor que quem levava os filhos na escola era o pai, já aproveitando a ida ao trabalho.

E quem ia buscar é a mãe. Se possível, é indicado continuar mantendo essa rotina. É uma pena que isso nem sempre seja possível, pois existe uma crença de que casais separados não devem se manter ao menos perto entre si, mas ajudar nessa fase com os filhos fará com que todo a revolta inicial seja amenizada.

No fundo, o que precisamos é dar suporte para que as crianças não se sintam ameaçadas por um divórcio.

4. Deixa todo mundo informado sobre o que está acontecendo.
Separe um tempo para ir à escola e deixar professores informados sobre o divórcio. Pode parecer que isso seja bastante invasivo, que o que é discutido em casa não pode ser levado para a instituição de ensino.

No entanto, essa atitude pode esclarecer para os educadores uma possível alteração no rendimento escolar da criança ou do adolescente. Ficar atendo a essa possível mudança também faz parte do processo.

5. Coisas que deverão ser evitadas.
É claro que existem aquelas atitudes muito comuns em casais que estão em crise que não vão ajudar em nada na comunicação com os filhos.

Uma delas são as brigas constantes na frente das crianças. Isso é um erro crasso que muitos pais e mães cometem sem se dar conta do problema que pode iniciar. Evite discussões acaloradas e gritarias. Deixe para ter a discussão da relação (a famosa “DR”) para momentos a dois, sem presença dos filhos (e isso inclui ouvi-los também).

Quanto for dizer aos filhos sobre o divórcio, deixe para o momento em que isso seja já certo, que não vai demorar para que isso aconteça efetivamente. A demora em cada um ir para um lado pode confundir as crianças, além de dar uma falsa sensação de que a separação não irá de fato acontecer, uma porta de entrada para a frustração.

As atribuições de culpas, como já falamos anteriormente, também devem ser evitadas ao máximo. Tanto a mãe culpado o pai, o pai culpando a mãe, ou até mesmo o pai ou a mãe acusando os filhos. Nessa situação, é importante não ficar esmiuçando quem tem ou não a culpa por um divórcio.

Da mesma forma em que é preciso manter um diálogo sincero e acolhedor com os filhos, os pais, da mesma forma, não podem se tornar uma espécie de confidente. Particularidades devem ser mantidas entre o casal. Outra coisa que deve ser evitada é a transformação da criança que está com guarda compartilhada numa espécie de pombo-correio.

Os pais, mesmo depois de separados, devem manter as conversas relacionadas à criação dos filhos. A discussão sobre os custos da escola e outras questões de cunho econômico devem ser feitos em particular.

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