Diversos
06 jun 2014

Viagem a trabalho – Mãe Amiga!

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Hoje é dia de Mãe Amiga! A Mãe Amiga de hoje é a Mirella, mãe do Bernardo. Um pouquinho sobre a Mirella: Uma mulher que sempre sonhou estar vivendo esse momento tão especial, a maternidade. Uma mãe 100% presente quando está ao lado do filho, mas também “ausente”, que trabalha fora e precisa se “separar” dele por algumas longas horas. A Mirella já esteve conosco no Mãe Amiga!

Viajar a trabalho e ter que deixar os filhos não é uma tarefa fácil para as mamães modernas. Mãe que trabalha fora e gosta do que faz, muitas vezes sente muita culpa quando tem que sair pra trabalhar. E…quando o assunto é viagem a trabalho, tudo fica muito pior.

Eu não viajo o tempo todo, mas quando tenho que viajar e as viagens são longas, já fico a mil, pensando em como vou conseguir ficar tanto tempo longe do meu menino, como ele ficará sem a minha presença, sofro muito. Quando as viagens são de até 2 dias, a tarefa é mais fácil, mas mesmo assim a vontade de chegar em casa e pegá-lo no colo é enorme. A ansiedade reina dentro de mim. Fora toda a trabalheira que é deixar tudo preparado para a viagem, todos os legumes e frutas comprados para o baby e o papai, a babá avisada para chegar mais cedo nesses dias, a empregada avisada do que tem que fazer e etc.

Existem pessoas que a cada vez que viajam a trabalho dizem que se sentem felizes, pois podem dedicar esses dias a si mesmas, seja relaxando à noite após o trabalho, seja indo às compras, assistindo seu programa favorito na TV ou simplesmente descansando com uma noite bem dormida. Eu pessoalmente gosto muito de viajar e aproveito para ir a um bom restaurante, visitar amigos e dormir (se possível, pois o sono não é mais o mesmo). Por um lado é bom, momento para desconectar dos afazeres domésticos e concentrar em mim mesma, naquilo que me faz feliz quando estou sozinha, mas, sozinha não é uma boa palavra para mim, não que não goste da minha companhia, mas definitivamente estar sozinha não me faz feliz.

E a culpa é maior quando a viagem é para um lugar que não conheço. Fico na dúvida se vou um dia antes e volto um dia depois dos compromissos, se vou no dia do compromisso e volto assim que acaba…uma culpa com muitas dúvidas. Mas acabo escolhendo ir um dia antes ou ficar mais um dia para aproveitar.

Em uma dessas viagens, a que fui ao México e tinha 5 dias de treinamento, fiquei fora de casa 8 dias, dois dias para conhecer alguns pontos da cidade e 1 dia para as horas dentro do avião. Foi uma semana enlouquecedora, feliz por estar participando de um treinamento importante para minha vida profissional e por ter a oportunidade de conhecer pessoas novas e lugar novo, mas foram 8 dias longe do meu baby que pareciam que não iam acabar. Os últimos dias quase não dormia mais e o último…as horas pareciam intermináveis, o avião parecia que estava a 10km/por hora…uma ansiedade de um tamanho que não consigo medir. E tive a sorte do meu marido e minha mãe, que ficaram cuidando do baby, não me dizerem que ele estava triste, comendo pouco, com um olhar longe, sofrendo com minha ausência. Outras colegas não tiveram essa sorte, foram avisadas durante a viagem que seus filhos estavam tristes, uns não queriam nem falar com elas pelo skype. Elas sofreram mais do que eu. Tive a sorte de não ter parentes insensíveis nesse momento que já era muito difícil para mim.

Viajar é muito bom, mas com certeza nunca mais será igual a quando você não tinha filho. Fico a todo momento olhando o relógio e pensando:
Será que ele já está acordado e dormiu bem?
Agora ele deve estar almoçando…
A essa hora ele deve estar assistindo “Os Piratinhas” ou outro filminho…
Fora que qualquer criança que vejo, já penso no meu…tudo lembra o tempo todo!

E na verdade…quem sofre mais com essa separação com viagens somos nós mães. Os filhos sentem, mas nada que seja traumático ou que alguns minutos conosco depois, não apague a ausência de poucos dias.

E a volta para casa? Sempre marcante. A carinha dele quando me vê é algo que nunca mais vou esquecer. E isso…me deixa ainda mais emocionada.

Vida de mãe moderna…semana retrasada lá fui eu para mais uma viagem de 2 dias, para cidade maravilhosa. E a dúvida? Voltar na sexta logo depois da última reunião ou no sábado e aproveitar a sexta à noite para comemorar meu aniversário com minhas amigas? Depois de algumas horas na dúvida, resolvi ficar sexta à noite com as amigas e pegar o primeiro vôo do sábado para comemorar o aniversário com o filho, marido e amigos em Brasília. Culpa por isso? Senti…mas…

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Se quiser participar da Coluna Mãe Amiga, mande seu relato para dicaspaisefilhos@gmail.com será um prazer! Estarei aqui com a coluna mãe amiga sexta feira de quinze em quinze dias. Até o próximo relato. Beijos

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17 Comentários
  1. Cid@
    10/06/14 - 17h26

    Nossa que lindo relato, realmente quem sente mais é a mãe mesmo, meu pequeno tem 1 ano e 5 meses, é muito bom aproveitar esses momentos só nosso.

    bjo gde

    • 10/06/14 - 19h14

      Fico feliz que tenha gostado. Volte sempre!
      Beijos, Gabi

  2. Caroline melo
    09/03/15 - 14h51

    Boa tarde,

    que lindo!?
    Estou prestaes a viajar a trabalho tambem, e meu filho esta com 1 e 2 meses,ainda esta mamando.

    Vou ter que me ausentar por 3 meses,só de pensar eu ja fico com falta de ar de tanta ansiedade.

    Oque eu posso fazer pra que ele nao sofra tanto com minha ausencia

    • 09/03/15 - 15h47

      Caroline,
      Boa tarde! Que bom que gostou. Fico tão feliz!
      O ideal é você ir acostumando ele com a pessoa que ele vai ficar e efetuar o desmame. Não deixe para desmamar muito próxima da viagem…
      Quando você vai?
      Beijos, Gabi

  3. Fernanda Carolina Pedroso
    24/10/16 - 09h52

    Estarei indo para minha primeira viagem a trabalho amanhã… estou nervosa com vontade de chorar . Será a primeira vez q fico longe dele e tantos dias …
    Meu lindo tem 1 ano e 6 … ficarei 10 dias depois desse texto maravilhoso estou me sentindo um pouco melhor … vamos ver como td será.. .
    Obrigada por compartilhar…

    • 26/10/16 - 22h51

      Fernanda, boa viagem!!
      Vai ser muito melhor que você imagina. Depois me conta.
      Beijos, Gabriella

  4. Glaycon Torres
    01/01/17 - 17h05

    Meu nome é Glaycon Torres.
    Sou gerente de uma concessionária de caminhões.
    Trabalho fora da minha cidade.
    São 380 kms de distância.
    Devem estar perguntando pq não leva a família gente?
    Por dois motivos.
    Primeiro minha filhas não adaptaram longe dos avós e tios quando saímos de Belo Horizonte uma vez. Adoeceram e deu muito trabalho. Além da minha esposa que sofreu muito também.
    E em segundo lugar é que fiquei um ano desempregado, e agora arrumei esse emprego distante, mas com sede em nossa cidade natal, então corro risco de mudar e logo logo ser chamado para BH novamente.
    Mas meu relato é a dor de deixa-las toda semana para ir trabalhar.
    Uma dor que acreditem, os homens também sentem.
    Somos dependentes de nossas mulheres amadas, e ainda mais do afeto e carinho de nossos filhos; e olha que tenho duas menininhas lindas.. Uma de 3 e outra de sete.
    Meninas são mais ligadas aos pais… imaginem meu sofrimento?
    Mas uma coisa digo a todas as mulheres que tem maridos que trabalham fora… amém incondicionalmente, sejam fortes e demonstrem isso… Porque todas as vezes que saio e vejo minha esposa forte e confiante, consigo um pouco mais de coragem para seguir em frente e trabalhar por elas.
    Peço a Deus todos os dias para não me deixar faltar minha família.
    É a coisa mais importante que temos na vida.
    Já pensei várias vezes em pedir conta e desistir de tudo para ficar com elas. Mas como poderei ensinar a elas superação e luta se não fizer primeiro?
    Adorei esse blog.
    Parabéns. ..
    #tamujunto
    Glaycon Torres
    Um pai aflito toda vez que tem que viajar

    • 18/02/17 - 23h05

      Muito obrigada pelo comentário. Adorei!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
      Abs Gabriella

  5. Fernanda
    27/01/17 - 14h22

    Que texto bom.
    Eu trabalho fora, antes levava, mas agora vou deixá-lo pq é muito difícil viver no vai e vem com uma criança, fora o perigo que é exposto.
    Essa semana tô sofrendo tanto, pensando em deixar ele, como vai ficar, se vai me odiar ou me amar menos por isso, oh sofrimento. Mas preciso trabalhar…
    Vou ficar fora três dias por semana, mas parece mais, tô me sentindo tão mal.
    Ler relatos de outras pessoas na mesma situação acaba ajudando um pouco, obg.

    • 18/02/17 - 22h57

      Fernanda,
      tudo bem? Obrigada pela mensagem. É muito bom quando leio uma mensagem assim contando que consegui ajudar alguém.
      Nós mães sofremos mesmo e nos culpamos por tudo.
      Bom trabalho e não sofra tanto.
      beijos, Gabriella

  6. Mari Morena
    18/09/17 - 07h54

    Gabriella, na procura de algo que confortasse meu coração, encontrei esse seu post. Tenho uma bebe de onze meses e uma menina de quatro anos. Marquei uma viagem em outubro para a Itália. Ficarei duas semanas fora. Estou num processo de retirar a cidadania (estou fazendo isso pelas minhas filhas) é preciso passar esses dias lá pra concluir a documentação. Não posso adiar para o próximo ano senão perco o prazo. Mas com a proximidade da viagem meu coração está um caco de deixar minha bebe. Não cogito levá-la porque será uma viagem de muita burocracia e tenho medo de expô-la demais. Ela vai ficar em casa com o marido (pai), Irma mais velha (que é tranquila, já entende), avó que ela convive todo dia e a baba. Será que vai ficar bem? Quando você volta das suas viagens mais longas seu filho muda muito o comportamento? Você costuma falar com ele por vídeo ou é pior? Desde já, obrigada pelo possível retorno. E parabéns pela dedicação e amor!

    • 14/01/18 - 14h42

      OI Mari, desculpa a demora em responder. Não estava conseguindo dar conta dos comentários pelos outros trabalhos.
      Como foi de viagem?
      Muito obrigada pelo lindo comentário e espero que tenha dado tudo certo com a sua viagem.
      Beijos, gabriella

  7. andressa
    01/05/18 - 12h31

    Lindo Post. muito util para mim que estou na duvida que inicio o trabalho de aeromoça e fico longe da minha filha. se vcs tiverem mais relatos de mães que trabalham a distancia dos filhos e puderem me mandar, ficarei grata.

  8. Debora Oliveira Parreira
    27/07/18 - 22h02

    Olá. Gostaria de saber da Mirella se ela se comunicava virtualmente com o filho ou não. Viajo bastante e minha bebe tem só 1 ano e 2 meses. Nao sei se ela entenderia a comunicação virtual. Por favor compartilhem comigo suas experiências sobre isso.
    Obrigada.

  9. Fernanda
    30/08/19 - 22h53

    Boa noite Gabriella,

    Sou mãe de um menino de 1 ano e8, viajo desde q ele tem 7, mas odeio.
    Já pensei em largar meu trabalho varias vezes, mas não o fiz pq não tinha condições financeiras, mas no próximo ano, estou pensando seriamente em me organizar pra isso e talvez mudar de profissão para uma que não exija viagens. As pessoas me consideram uma profissional bem sucedida, mas estou infeliz pq tenho q viajar. Eu já viajava antes, tb não curtia mto, mas era diferente de hoje…hoje sofro demais…e sinceramente não sei se vale…

    Loucura isso?

  10. Renata
    16/09/21 - 05h05

    Adorei encontrar esse texto. Precisamos de mais relatos assim, de mulheres modernas, reais que precisam seguir a vida. Trabalho com viagens curtas mas frequentes, sempre amei essa dinâmica de trabalho. Agora com uma bebê de 7 meses parece impossível manter meu trabalho e seguir minha carreira. Antes de encontrar esse relato só havi visto relatos de mães que optaram por largar o emprego e se dedicar totalmente a família ou que mudaram de carreira mas sempre se voltando para o trabalho baseado em casa.
    Depois das minhas experiências de viagem gostaria de vir aqui e compartilhar meu relato com vocês também.
    Por mais depoimentos como esses

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