Saúde
07 dez 2015

A importância da vacinação

conhecimentocientifico.com

Que as vacinas são importantes, todos nós já estamos carecas de saber. Mas apenas quem já levou uma criança para ser vacinada sabe quão complicado pode ser o momento. E não há Zé Gotinha que consiga fazer o momento ser mais tranquilo!

O post de hoje traz um assunto bastante polêmico, porém necessário, que é a importância da vacinação. É um assunto bastante importante, principalmente, tendo em vista alguns movimentos “anti-vacina” que têm surgido no Brasil e no mundo. É uma questão de dever que envolve a saúde e o bem-estar dos pequenos. Nada mais justo dedicarmos um tempo ao assunto, certo?

O que é vacina?
Esta uma pergunta que parece tão boba que, raramente, nos preocupamos com a resposta. O que é a vacina? Bem, pode-se dizer que é o medicamento que tem o objetivo, justamente, de impedir que você tenha determinada doença. Elas criam uma reação no sistema imunológico, estimulando a produção dos anticorpos e tornando o corpo imune àquela doença. A sua importância surge a partir da constatação de que é muito mais fácil e barato evitar a doença do que se submeter a ela e fazer qualquer tipo de tratamento.

A vacina foi criada entre os séculos XVIII e XIX, após uma série de estudos em torno da raiva dos animais que, até então, era frequentemente transmitida a seres humanos. Mas o principal e mais notável avanço com as vacinas veio na década de 1960, quando foi criada a prevenção contra a Paralisia Infantil. Sim, a famosa “gotinha”.

No Brasil, as vacinas vêm sendo utilizadas desde o início do século XX, o que foi um fator muito importante para o nosso desenvolvimento. Isso porque as capitais, até então, não possuíam saneamento básico e as pessoas ainda morriam por doenças como a febre amarela e a varíola. O Brasil possui um dos programas de vacinação infantil mais eficientes do mundo, conseguindo, inclusive, erradicar a paralisia infantil, doença tão temida pelos pais.

Dessa forma, cresce a importância da vacina, não apenas no Brasil, mas em diversos países. Porém, com isso, surge também uma série de receios e crenças a respeito das vacinas que, na maioria das vezes, resultam na desinformação sobre o tema.

Por que são tão importantes?

Mesmo com o avanço obtido através das campanhas de vacinação, esta ainda é considerada, por alguns, um risco. A resistência das pessoas à vacinação é um caso a se preocupar: em alguns lugares do mundo, doenças, que haviam sido erradicadas, voltaram a preocupar a Organização Mundial de Saúde (OMS). O mais preocupante é, justamente, porque essas doenças podiam ser prevenidas através de sistemas de vacinação já presentes nesses países.

De acordo com especialistas, o tétano, poliomielite, difteria, rubéola e o sarampo são casos de doenças que, se não foram erradicadas, estão perfeitamente sob controle. Além disso, com a melhora da saúde pública, obtida através da vacinação contra essas doenças, aliada ao desenvolvimento do saneamento básico nas cidades brasileiras, foi possível diminuir significativamente os casos de doenças graves como a meningite ou a pneumonia.

O argumento de pais que evitam que seus filhos tomem as vacinas são justificados, geralmente, pela existência de efeitos colaterais. Quase todos os remédios que tomamos, possuem reações adversas. Isso é um fato. Mas acontece que esses efeitos costumam ser leves e não são nada se comparados com as doenças evitadas por essas vacinas.

Ainda, podem existir fatores religiosos ou filosóficos que levem os pais a evitarem que seus filhos sejam vacinados. Ainda, há casos em que os pais acreditam que as vacinas podem tornar as crianças doentes e alérgicas, o que, não passa de um mito. Além disso, antes de uma vacina ser aprovada para o uso na população elas são verificadas por órgãos competentes (no caso do Brasil, a ANVISA). Caso sejam verificados fortes efeitos colaterais em uma quantidade significativa de pessoas, o que é raríssimo, a vacina pode ser retirada de circulação.

É essa resistência de algumas pessoas que evita que algumas doenças sejam, definitivamente, erradicadas. Por exemplo: se uma criança não vacinada viaja para um país onde a doença ainda não foi erradicada, ela pode contrair essa doença e trazer o vírus para o seu país.

A não vacinação não representa risco apenas para a criança, mas para todas as outras pessoas com quem ela tenha contato. Dediquemos, então, um espaço para responder algumas perguntas frequentes sobre a vacinação.

Dúvidas Comuns

– Vacinação é coisa apenas para as crianças?
Não! Embora a maioria das vacinas sejam destinadas às crianças, existem algumas que precisam ser tomadas na vida adulta. Isso pode depender do histórico que o adulto possui, com relação às doenças e as vacinas que foram tomadas durante sua vida. Ainda, algumas vacinas precisam de um reforço a cada período de dez anos, como, por exemplo, a vacina contra difteria e tétano.

– A Mulher grávida também pode ou deve ser vacinada?
Depende. A vacinação em mulheres grávidas é um assunto bastante delicado. Cada caso precisa ser avaliado separadamente, seja pelos postos de saúde ou por clínicas particulares. Vale lembrar que essas vacinas são, geralmente, recomendadas para doenças que são mais graves durante a gravidez e/ou que possam gerar riscos graves a saúde do bebê. São exemplos as vacinas contra influenza, coqueluche, tétano e hepatite.

– Podem-se tomar várias vacinas de uma só vez?
Sim! De acordo com especialistas, é recomendável. Dessa forma, você evita múltiplas agulhadas e idas aos postos de vacinação. Tomar várias vacinas ao mesmo tempo não aumenta as chances de ocorrerem os temidos efeitos colaterais.

– Quais as principais vacinas que as crianças precisam tomar?
Atualmente, o Brasil possui um dos mais completos programas de vacinação do mundo e contempla as mais fundamentais vacinas. Entre elas:
– Ao nascer, a criança deve tomar vacinas contra a hepatite e contra a tuberculose;
– Entre os 4 e 6 meses, a criança deve tomar vacinas contra o rotavirus, difteria, tétano, coqueluche, pólio, entre outras.
– Ao fazer um ano, a criança é vacinada contra o sarampo, rubéola, caxumba, etc.

É importante ressaltar que deve ser feito acompanhamento com pediatra, a fim de verificar o momento para aplicar as vacinas. Ainda, é possível se informar nos postos de vacinação. Essas são e sempre serão as principais fontes de informação quando tratamos da prevenção de doenças e da saúde dos pequenos.

– Após a vacinação, devo deixar a criança sem tomar água? Devo dar remédio para dor/febre?
Depende. Sempre que levar a criança para ser vacinada, os responsáveis nos postos de vacinação darão esse tipo de informação. Algumas vacinas podem dar febre nos bebês ou exigir que eles fiquem um período sem ingerir água ou sem chupar a chupeta, por conta do efeito da vacina. Nunca faça qualquer um desses procedimentos sem recomendação.

– E a vacina HPV? Devo levar minha filha pra tomar?
Este é um ponto bastante delicado. Recentemente, houve muita discussão a respeito dessa vacina, principalmente, por fatores religiosos. É recomendada a vacinação de meninas, a partir de seus nove anos, contra HPV. Embora seja, também, uma doença sexualmente transmissível, o Vírus do Papiloma Humano (HPV) se tornou uma preocupação na área da saúde. Isso ocorre porque o vírus causa uma série de doenças ginecológicas e aumenta o risco de câncer de colo do útero.
De qualquer forma, é sempre importante consultar um médico pediatra para se informar no assunto. Caso se sinta inseguro, consulte mais de um médico. O importante é se concentrar na saúde das meninas.

Enfim, como já foi dito, é um assunto bastante complexo. Porém, é indiscutível a importância das vacinas e, mais ainda, a importância de manter as vacinas das crianças atualizadas. É uma forma de proteção e cuidado que precisamos ter sempre em mente.

Como está a carteira de vacinação dos pequenos? Atualizada? Esperamos que sim. Compartilhe conosco suas experiências com a vacinação, sugestões, dúvidas, etc.

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3 Comentários
  1. 21/03/16 - 18h20

    Esse assunto é mto importante e deve ser valorizado por todos os pais, que devem tomar os cuidados necessários para que seus filhos sejam vacinados sempre!

    • 25/03/16 - 14h28

      Muito obrigada pelo comentário.
      Fico feliz que tenha gostado.
      Beijos Gabi

  2. […] *Caso tenham mais dúvidas entre em contato DISQUE SAÚDE 136 Ouvidoria Geral do SUS – (Ministério da Sáude – Brasil). Para mais informações acesse o site: Guia do Bebê e Dicas pais e filhos. […]

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